Não sei ainda…


Desabafo

Desabafo Abstrato

Eis me aqui. Constante. Extremista ao extremo. Vivo cada sentimento a flor da pele, choro pelos que choram, vibro com os que ganham. Curto cada segundo das minhas dores e das minhas alegrias como se fossem únicos.

Penso. Finjo. Corro buscando o que ainda não pertence, seguro com toda minha força o que ainda é meu. Conheço. Olho. Sinto falta do que já tive, sinto mais falta ainda do que não tive.

Paro. Acendo um cigarro. Sigo caminhando ao lado da minha consciência que embora cansada, contínua presente.

Ainda com meu cigarro, sento no melhor e mais alto lugar da arquibancada para ver esse jogo de máscaras de cima para baixo. Péssima a visão que tenho daqui, quanta sujeira, não?! Cadê a minha bituca?

Sou o que sou sempre, e quando sou, sou por inteiro, sou completa, seja para o amor, seja para a dor. Só quero acordar amanhã e poder dizer, “Sim, eu sou eu.”

Deixe-me chorar minhas lágrimas, deixe-me dançar, deixa-me gritar, deixe-me falar… E apenas me ouça! Mesmo que eu fique apenas em silêncio, meu silêncio é o choro da minha alma.

É isso.